sábado, novembro 12, 2011

como uma árvore
galhos dobrando sob sopros do vento
raízes cravadas no chão
sorvendo da tempestade
apenas as gotas d'água e não os relâmpagos e trovões
assim tento ser, enfim, por um momento, ao menos
parte, mas à parte
observando a mim mesmo
em paz

quarta-feira, outubro 26, 2011

começo com um suspiro, enquanto releio o passado distante em versos...

...relembro então de um passado mais próximo que volta a se repetir. com corpos em atrito intenso, aquecendo mais ainda as chamas que nos consomem em paixão e tesão sincero. a noite não é fria, mas cobrem-se os corpos um pelo outro sob o cobertor. não é apenas mais um gozo, mas um orgasmo que atiça cada terminação nervosa sob a pele, aguçando a sensibilidade ao toque suave de seus cabelos em meu rosto, intensificando o toque agressivo dos lábios entre os dentes ou dos seios em meu peito. então os fluidos, que escorrem entre contrações de êxtase supremo, perfumam o cenário que tenta permanecer no silêncio, apesar da respiração ofegante insistir em não permiti-lo ali. e, abraçados, entregamo-nos ao abraço inevitável, ao cansaço inseparável, ao momento imensurável.

quinta-feira, maio 19, 2011

e eis que o dia passou sem maiores registros
também, eu estava em serviço.
houveram fotos, bolo, vela, presente até!
e houve a madrugada anterior, claro, desperto, virado, pendurado num telefonema que exauriu todas as baterias disponíveis, mas resolvido, enfim, uma vez mais.
e o dia doze começou e passou, pelas vinte e quatro horas, pela primeira vez, sem pregar o olho, em vinte e oito anos.
hm... um dia inteiro vivido, um viva à intensidade de sê-lo!
e um obrigado aos amigos e às pessoas do bem. abençoadas sejam elas também.
e a vida continua
(-: